São Paulo, sábado, 17 de junho de 1995 |
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Poupança garantiu a compra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM JOÃO PESSOA A economia que Angélica Soares de Brito fez para comprar seu caixão foi tamanha que, segundo ela, sobrou dinheiro para adquirir, também, uma televisão.A compra do aparelho foi fruto de um acordo que Angélica fez com sua irmã, Maria Francelina -que também é aposentada e ganha um salário mínimo por mês. O desejo de Angélica era comprar o caixão, mas o sonho de Maria Francelina era ter uma TV para assistir novelas. Aí veio o acordo: Angélica guardaria o seu salário até ter o suficiente para comprar o caixão e um aparelho de TV; o dinheiro da irmã seria utilizado para alimentação e despesas com água e luz. ``Quando algum dinheiro, perguntei a Maria Francelina o que comprar primeiro. Ela me respondeu, bem humilde, que eu comprasse o meu caixão. Fui ao comércio e voltei com uma surpresa: trouxe o caixão e a televisão. Ela ficou feliz e eu também", conta a aposentada. Ao chegar em casa com o caixão, chamou a atenção dos vizinhos, que perguntaram quem havia morrido. ``Hoje, todo mundo sabe, mas tem gente que não vai à minha casa, com medo", diz Angélica. Texto Anterior: Aposentada guarda seu caixão na sala de casa Próximo Texto: "A Falecida" conta história semelhante Índice |
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