São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995 |
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Barracão de zinco O maestro Eleazar de Carvalho regia a Orquestra Sinfônica de São Paulo sábado retrasado, no Clube Fênix, em Maceió. Na platéia, o governador Divaldo Suruagy. Tudo ia bem até que começou a chuva. A água batia com força no telhado de zinco. O maestro tentou continuar, mas foi vencido pelo barulho e pelas goteiras sobre os músicos e o piano. Um tanto irritado, Eleazar interrompeu a apresentação e contou ao público que certa vez, nos EUA, sofreu problema semelhante. A cobertura era de lona e a água ``formou um seio" que furou sobre a cabeça do governador do Estado. De imediato, contou, o governador assinou -ainda molhado- um cheque de US$ 1 milhão para que fosse construído um local apropriado para orquestras. Terminada a narrativa, Eleazar secou o piano com a própria casaca. Colocou R$ 1 num chapéu e o passou ao público, em direção a Suruagy, que nada falou. A orquestra voltou a tocar, mas abreviou a apresentação. Encerrou com o Hino Nacional, que não estava no programa. Texto Anterior: Refúgio; Portas abertas; Lista; Por ora; Boca fechada; Status; Tucanos na linha Próximo Texto: O novo populismo americano Índice |
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