São Paulo, domingo, 18 de junho de 1995 |
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Área financeira procura novos talentos
LUÍS PEREZ
Os dados sobre o Banco Pactual saíram errados na capa de Empregos de hoje. Os currículos devem ser enviados para a av. República do Chile, 230, 29º andar, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20031-170, a/c RH. Formação desejável: profissionais e estagiários (a partir do quinto período) das áreas de administração, contabilidade, direito, economia, engenharia e informática. Perfil: inglês fluente e microinformática. Número de vagas: indefinido. O mercado financeiro procura jovens profissionais. Dominado até pouco tempo atrás por pessoas com 40 anos ou mais, vive hoje tempos de rejuvenescimento. ``O perfil mudou", diz Carmem Rittner, 50, diretora de desenvolvimento humano e organizacional do banco Itamarati/Crefisul. Segundo ela, a média de idade é baixa e declinante. ``Hoje está na faixa dos 32 anos", afirma. Idade conta, mas não é tudo. O candidato à área financeira precisa preencher requisitos rigorosos. Bancos, auditorias, organizações de capital aberto em geral, entre outras empresas, exigem profissionais com visão mais generalista de seu campo de atuação. É o efeito colateral da globalização da economia (integração de mercados de vários países). ``Não queremos apenas um estudante brilhante, mas bem-informado", diz Carmem Rittner, que tem 20 anos de experiência no mercado financeiro. Mais do que nunca é preciso dominar idiomas estrangeiros -o Citibank, por exemplo, só contrata trainees trilíngues. Conhecimento de informática deixou de ser requisito desejável e tem peso de qualificação básica. Para Marcelo Bernardini, 30, diretor do Banco Santos, a cultura inflacionária pré-real é prejudicial nos tempos de hoje. ``Aí o jovem leva vantagem", afirma. O Banco Santos começou a funcionar em 93. É um banco de atacado (negocia com pessoa jurídica) -diferente dos de varejo, como Bradesco, Itaú e Bamerindus. O profissional deve saber transitar por todos os segmentos da empresa. ``Um engenheiro não trabalha sem noções de finanças", diz César Massaro, 35, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais. Outra característica da área é formar o profissional dentro de casa -contratando trainees. ``É melhor do que buscar no mercado", avalia Fernando Tompson, 40, diretor de RH (recursos humanos) do Banorte. Mas nem todos apostam só na ``força juvenil". Na opinião de Maria Inês de Carvalho, 36, diretora do Citibank, ``é perigoso tachar, parece preconceituoso". ``Idade não é o que mais pesa, as pessoas mais velhas se reciclam", diz. Para ela, a vantagem do jovem é que ele questiona o que está há anos estabelecido. Próximo Texto: Operador da bolsa tem apenas 19 anos Índice |
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