São Paulo, terça-feira, 20 de junho de 1995 |
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Preso o maior traficante de crack de SP
MARCELO GODOY
Foi a maior apreensão de cocaína destinada ao mercado interno da história paulista. A droga estava em um caminhão F-4.000 dirigido por Antônio Alves da Costa, 37 -também preso. Em torno dela, caixotes de verduras. Kito era o passageiro, segundo a polícia. Eles foram seguidos desde Nova Odessa (SP) e parados pela polícia na marginal Tietê, perto da ponte do Piqueri (zona oeste). Após desarmar Kito, que estava com uma pistola calibre 380 (semelhante ao 9 mm), os policiais acharam a droga. Estava terminada uma perseguição de três anos. Segundo o delegado Marco Antônio de Paula Santos, 40, da 2ª Delegacia do Denarc (Departamento de Narcóticos), Kito é o maior traficante de crack (pedra de cocaína, fumada em ``cachimbo") de São Paulo. ``Ele movimentava cerca de uma tonelada de crack por mês", disse Santos. Kito dominaria pontos-de-venda na Vila Joaniza e Americanópolis (ambos na zona sul), onde ajudava a população pobre e empregaria cerca de 50 pessoas. Ele forneceria crack ainda para o centro e para as zonas leste e norte. ``O Kito começou como gerente de um traficante. Assumiu o negócio do ex-chefe e tornou-se responsável por 30% a 40% do crack em São Paulo", disse Santos. Segundo o delegado, a droga apreendida em estado bruto está avaliada em US$ 1 milhão. No varejo, cada pedra de crack custa de R$ 10 a R$ 20. O lucro de Kito com a carga, estimado pela polícia, seria de US$ 700 mil. O acusado não negou o crime. Kito vinha sendo seguido de perto havia um mês, quando os policiais receberam a informação de que ele havia feito uma encomenda de 300 kg. A droga vinha da Bolívia de avião até Corumbá (MS). De avião, novamente, era levada para as regiões de Campinas, Sorocaba, Catanduva ou São José do Rio Preto (SP). Os 200 kg apreendidos eram a primeira remessa. Texto Anterior: O custo da tarifa de ônibus Próximo Texto: 'Faço por amor a arte', diz Kito Índice |
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