São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995
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Equipe indica terapia com maconha

DA REDAÇÃO

A maconha deveria ser legalizada para tratamento de vários problemas de saúde, incluindo câncer, Aids e enxaqueca.
A conclusão, de pesquisadores do Centro de Saúde Mental de Massachusetts (EUA), foi publicada na edição de hoje da revista da Associação Médica Americana, uma das mais importantes do mundo.
Outros usos incluem diminuição de pressão dentro do olho, em casos de glaucoma, relaxante muscular, anticonvulsivo e estimulante de apetite.
Lester Grinspoon, membro da equipe responsável, diz que é irônico que se saiba mais sobre a maconha do que muitas drogas legais, e que, mesmo com pesquisadores refutando as afirmações de que a maconha seja perigosa ou cause dependência, ela permaneça ilegal.
"Uma das maiores vantagens da maconha é a sua singular segurança. Ela tem pouco efeito sobre as principais funções psicológicas. Não há nenhum caso conhecido de overdose fatal, dizem os cientistas em seu artigo.
"A maconha causa muito menos dependência e é menos suscetível a abusos do que muitas drogas usadas como relaxantes musculares, hipnóticas e analgésicas, acrescentam.
Segundo os pesquisadores, o maior problema do uso médico da maconha é sua ilegalidade.
"É correto que há um efeito negativo nos pulmões por fumar. O fumo da maconha carrega ainda mais alcatrão e outras partículas que o tabaco, mas o número de cigarros fumados é muito menor, principalmente em uso médico.
As propriedades medicinais da droga eram conhecidas desde o século passado, mas sua disponibilidade foi tão dificultada que seu uso médico foi praticamente abandonado.

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