São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Setor assiste fusão de R$ 270 milhões

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas das maiores empresas do setor de embalagens do país -a Dixie Lalekla e a Toga- são agora controladas por uma única holding, a DT Participações.
Juntas, as duas empresas somam um faturamento, que segundo estimativa do mercado, deve ficar próximo de R$ 270 milhões até o final do ano.
A Dixie Lalekla é a líder do mercado de embalagens rígidas, como potes de margarina e de iogurte. A empresa também produz guardanapos e toalhas de papel.
A Toga é o maior fabricante do mercado brasileiro de embalagens flexíveis para alimentos, como biscoitos, e também para produtos de limpeza, como sabonetes.
A DT Participações vai controlar sete unidades produtivas -duas que hoje pertencem à Dixie Lalekla e cinco da Toga. Hoje as duas têm 1,9 mil funcionários.
No ano passado, a Dixie Lalekla obteve um faturamento bruto de R$ 78 milhões, enquanto a Toga faturou US$ 145 milhões.
A criação da holding DT Participações foi anunciada ontem, mas as duas empresas ainda permanecem existindo separadamente.
Somente a partir de 1º de julho, elas se fundem sob uma única razão social, a Dixie-Toga, que por sua vez passa a ser controlada pela DT Participações.
No controle da DT, os atuais sócios majoritários da Toga ficam com 80% das ações ordinárias, e os demais 20% ficam com a Dixie.
Roberto Haberfeld, hoje na direção da Toga, passa a responder pela diretoria-executiva da DT.
O que levou as duas empresas a se unirem -de acordo com Haberfeld- é a necessidade de se ``acumular massa crítica suficiente para podermos competir em uma economia aberta".
Por ``massa crítica", entenda-se conseguir, por exemplo, um maior poder de fogo para negociar com clientes e fornecedores.
Isso porque tanto clientes quanto fornecedores da Dixie e da Toga são, em muitos casos, os mesmos.
``Esse processo de fusão no setor já vêm ocorrendo na Europa, e também vai se dar no Brasil", diz.
A DT Participações tem em seus planos adquirir outros concorrentes, mas isso somente depois de se consolidar o processo de fusão.
A empresa pretende ser uma companhia aberta, ou seja, com suas ações sendo negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo.
A administração deve ser completamente profissionalizada em um prazo próximo de seis meses.
Walter Schalka, diretor-executivo da Dixie Lalekla, diz que a união das duas empresas não caracteriza formação de cartel.
O cartel é a união de empresas com o intuito de determinar preços e suprimir a livre concorrência, prática que é considerada ilegal.

Texto Anterior: Boatos derrubam os índices das Bolsas
Próximo Texto: Fispal deverá gerar US$ 2,5 bi até sexta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.