São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 1995 |
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Único jurado do Brasil critica o júri de Cannes
NELSON BLECHER
Foi o que afirmou ontem à Folha o jurado brasileiro Marcello Serpa, vice-presidente da agência Almap/BBDO. Foram atribuídas apenas 36 premiações em comparação às 83 do ano passado. A grande vencedora da mostra foi a publicidade inglesa, que conquistou sete leões de prata e 11 de bronze, seguida de Hong Kong (4); Brasil (3) e Holanda (3). Segundo ele, a criatividade dos anúncios veiculados em jornais e revistas de todo o mundo atravessa uma fase vigorosa. ``Eu não concordo com a opinião de Frank Lowe, presidente do júri, de que a mídia impressa está em declínio", disse Serpa. ``O júri foi induzido a se guiar por critérios absolutos de originalidade, meta impossível de alcançar devido à formação heterogênea de jurados de 20 diferentes nacionalidades", afirmou. Representantes da Itália, México e Espanha se manifestaram como Serpa. Alguns anúncios expostos reforçam a argumentação dos jurados inconformados com a rarefação de prêmios. ``Bastam 35 minutos para chegar ao outro lado", diz o título de um anúncio do trem do Eurotúnel publicado pelo jornal inglês ``The Guardian". Na página seguinte o leitor se defronta com notícias impressas em francês. Para proclamar a independência de sua linha editorial, o diário ``The Independent", também inglês, fez publicar um anúncio comparativo em que os nomes dos proprietários de jornais concorrentes aparecem em logotipos de primeira página. Premiado com um leão de prata, o anúncio criado pela agência inglesa Lowe Howard-Spink para os automóveis Vauxhall mostra a foto de um cadáver acompanhada da advertência: ``Essa é uma propaganda para suco de laranja. Se você está bebendo, não dirija". Texto Anterior: Fispal deverá gerar US$ 2,5 bi até sexta Próximo Texto: Concordatas crescem 411% Índice |
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