São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agende é ferido com machado

HEIDY VARGAS
DA FOLHA SUDESTE

Um dos reféns, o agente penitenciário Adilson Daniel Ramos, 29, recebeu uma machadada na cabeça ontem durante a rebelião. Ele foi atendido no Hospital Celso Pierro, em Campinas.
Ramos, que trabalha há cinco anos na penitenciária e já acompanhou três rebeliões, disse que no momento da invasão a polícia foi arbitrária e que foi salvo por Deus. A seguir, trechos da entrevista.

Folha - Onde você estava no momento da rebelião?
Adilson Daniel Ramos - Estava nos corredores do pavilhão A.
Folha - Os presos fizeram ameaças?
Ramos -Durante toda a noite, eles gritavam que nós iríamos morrer.
Folha - Quando você foi ferido?
Ramos -Quando eles (policiais) invadiram. Os presos arrastaram o chefe dos agentes penitenciários, Luiz Claudio Giovanni, para uma cela e começaram a dar estiletadas em todo o corpo dele. Aí, levei uma machadada na cabeça. Fui salvo pelo próprio Luiz, que caiu entre mim e o presidiário. O preso correu e eu caí no chão. Eles (policiais) sabiam que os presos iriam nos matar. Achei arbitrária a entrada deles no pavilhão. Rezei muito.

Texto Anterior: Secretário assume decisão
Próximo Texto: Líderes do motim foram mortos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.