São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Estudo confirma que vendas estão em queda
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Essa é conclusão da sondagem conjuntural da MCM, uma das mais respeitadas consultorias. A pesquisa, semanal, baseia-se em informação obtida junto a fabricantes e grandes redes de varejo. A sondagem fechada em 10 de junho indica também um crescimento significativo dos estoques de produtos acabados no comércio. Ou seja, as lojas estão vendendo menos do que esperavam. A MCM verificou ainda que as vendas de produtos importados sofreram uma pequena queda. No final de maio, eram 7% do total. Nas começo de junho, essa participação caiu para 5%. No início deste ano, as vendas de comércio e indústria eram, na média, 12% superiores às do mesmo período de 1994. Agora, em junho, esse crescimento está em torno de 4%. Esses números explicam por que existe uma sensação de recessão -já que as vendas hoje são menores do que ontem-, embora a economia continue trabalhando em ritmo mais forte do que no ano passado. A MCM mantém a previsão de que a produção nacional deste ano será 5,4% maior do que a de 1994. No primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 10%. Ou seja, haverá uma desaceleração no ritmo de atividade ao longo do ano. Para a MCM, o crescimento dos estoques ajuda no combate à inflação, porque as lojas recorrem a promoções de venda. Assim, a inflação se mantém baixa, o que preserva o poder aquisitivo do consumidor. Essa circunstância equilibra a falta de crédito e permite manter o fôlego da atividade econômica. Mas o crescimento dos estoques prejudica a saúde financeira das empresas. É mais caro financiar estoques altos, ainda mais com os juros elevadíssimos do momento. A pesquisa indica ainda a participação de componentes importados na produção industrial: entre 5% e 7%, estável. Esses números serão discutidos amanhã, em São Paulo, quando os economistas Mailson da Nóbrega e Claudio Adilson Gonçalez, da MCM, farão palestra para os lojistas do Shopping Center Iguatemi. Texto Anterior: Mercado aprova mudanças Próximo Texto: Ford cancela aumento do carro "popular" Índice |
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