São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995 |
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Projeto doa R$ 250 mil a quadras de esporte
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A Adidas irá doar, durante seis meses, 3% do faturamento obtido com a venda de bolas de futebol, basquete e vôlei no Brasil à Fundação Abrinq. A entidade pretende aplicar os recursos na construção de quadras esportivas para menores carentes. O objetivo é incentivar a prática de esporte, com supervisão de professores de educação física. O presidente da Adidas do Brasil, Amaury Rosenberg, calcula em cerca de R$ 250 mil o montante que a fundação vai receber até o final do ano. Segundo Rosenberg, a empresa investe US$ 4 milhões por ano em propaganda e publicidade. Os R$ 250 mil que serão repassados à fundação representam cerca de 15% dos investimentos publicitários da Adidas no semestre. ``Uma iniciativa como a nossa dá retorno publicitário e melhora a imagem de qualquer empresa", admite. ``Mas os benefícios sociais também são indiscutíveis." Rosenberg promete que fará uma campanha com os revendedores das bolas da empresa para que também doem parte do faturamento para a entidade. Ele diz que a parceria entre a fundação e a Adidas, que deve ser renovada após os seis meses de contrato, é o início de um projeto maior. ``O ideal é que a indústria de artigos esportivos como um todo doe parte do faturamento à campanha da Abrinq." Rosenberg calcula que o setor movimenta entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão por ano no Brasil. Oded Grajew, presidente da fundação, afirmou que a entidade fará um relatório de prestação de contas a cada trimestre. ``Pretendemos mostrar o quanto está sendo arrecadado e como estamos investindo o dinheiro." Além do ``Bola pra Frente", a fundação, que depende de verbas principalmente da iniciativa privada, tem outros 12 projetos para crianças carentes em andamento. Grajew disse que cerca de 150 instituições beneficentes recebem auxílio da Abrinq. ``Só com a parceria de hoje (ontem), podemos atingir umas dez mil crianças." O ministro extraordinário dos Esportes, Édson Arantes do Nascimento, o Pelé, compareceu ao lançamento do projeto. ``A iniciativa privada tem que participar mais." O ministro, que fez um rápido discurso, aproveitou para defender a privatização das estatais deficitárias. ``Temos que lutar pelo fim dos monopólios", afirmou. Texto Anterior: Ala Janeth deve assumir liderança Próximo Texto: Jordan causa aos Bulls multa de US$ 100 mil Índice |
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