São Paulo, quinta-feira, 22 de junho de 1995
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Mangue Seco ainda vive da fama de 'Tieta'

EUGÊNIO NASCIMENTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANGUE SECO (BA)

Depois de se tornar nacionalmente conhecida por meio da novela ``Tieta", uma adaptação feita pela Rede Globo para o romance ``Tieta do Agreste", do escritor Jorge Amado, a praia de Mangue Seco começa a criar infra-estrutura para atrair turistas.
Há pouco mais de dois meses estão sendo oferecidos vôos de ultraleve e, há seis meses, passeios de bugues pelas famosas dunas que ocupam a maior parte do povoado localizado no município de Jandaíra, na Bahia.
Antes disso, o que mais atraía turistas à região eram as dunas e os passeios de catamarã (tipo de embarcação com dois cascos) pelas águas do rio Real, além da casa que o escritor Jorge Amado usava para fazer veraneios.
Por R$ 20, o turista pode passear durante uma hora de bugue pelas dunas que dão acesso ao litoral. O passeio de 30 minutos de ultraleve também custa R$ 20.
Na região há dez bugues, que transportam quatro pessoas por passeio, e três ultraleves, com capacidade para levar uma pessoa além do piloto.
``As opções estão crescendo e os turistas estão chegando", afirma Sérgio Burle, que explora os passeios de catamarã na região.
Paulistas, sergipanos, alagoanos, cariocas e mineiros são os que mais procuram a região, depois dos baianos de Salvador, que agora aparecem em grandes grupos nos finais de semana. A tendência é de expansão do turismo em Mangue Seco.
O crescimento do fluxo tem preocupado o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). O órgão plantou vários tipos de espécies rasteiras em algumas dunas para evitar que elas invadam o povoado.
A principal duna, localizada no fundo da pequena igreja, perto da casa de Jorge Amado, há vários anos ameaça ocupar a vila. Por isso o Ibama também proibiu o acesso de carros ao local.
Durante a semana, a praia fica quase vazia. Os turistas que estão em Mangue Seco geralmente aproveitam para fazer caminhadas.
À noite, costumam formar grupos e ficar nas dunas mais altas observando o céu. As pessoas levam violão e tocam para turistas dispostos a cantar, beber e dançar.

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Sobre Mangue Seco na pág. 6-19

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