São Paulo, sábado, 24 de junho de 1995
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Cashmere verdadeiro é raridade nas lojas

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes de comprar qualquer malha de lã que pareça ser um cashmere, puxe um fio da blusa e queime. Se ele enrolar completamente e soltar um cheiro semelhante ao de um fio de cabelo queimado, é um legítimo cashmere. Se não enrolar, é sintético.
A dica é da consultora Gabriella Pascolato, 78, mãe da estilista Costanza Pascolato.
Segundo Gabriella, o verdadeiro cashmere praticamente não existe à venda no Brasil. Ele é feito do pêlo da cabra do Himalaia.
``É uma lã muito leve de um animal raro. Uma cabra deve garantir no máximo 1,5 kg de lã", diz Gabriella.
Segundo a consultora, até mesmo o cashmere encontrado hoje na Europa é feito com uma mistura de pêlos de outros animais.
Além disso, o cashmere de 30 anos atrás era muito melhor porque era feito com pêlos de cabras livres do Himalaia. Hoje, esses animais são criados em cativeiro.
Para Gabriella, o cashmere é muito mais resistente do que a lã angorá ou a de pele de coelho, que são mais leves e delicadas.
A diferença de preços também pode ser explicada pela forma como a lã é trabalhada. Uma blusa com tranças gasta muito mais lã, por exemplo, e dá mais trabalho.

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