São Paulo, domingo, 25 de junho de 1995 |
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SP atrai US$ 4 bi do exterior
GEORGE ALONSO
Até agora, segundo Emerson Kapaz, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, já foram conseguidos US$ 4 bilhões, a serem aplicados no Estado nos próximos dois anos. Kapaz afirma que a meta do governo Covas é elevar o Estado de São Paulo no ranking nacional no que se refere à participação no PIB (Produto Interno Bruto). Segundo o secretário, no governo de Luiz Antonio Fleury Filho (PMDB), o Estado viu cair a participação no PIB de 43% para 37%. Para Kapaz, essa queda é injustificável, apesar da ``guerra fiscal" que envolve vários Estados. Outros Estados, por exemplo, dão isenções de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) para atrair indústrias. Em São Paulo, o ICMS é de 17% em grande parte dos produtos. ``São Paulo tem mão-de-obra treinada, infra-estrutura viável, melhor estrutura científico-tecnológica do país e mercado", diz. O secretário citou várias empresas que devem investir no Estado, como a General Motors (US$ 2 bilhões), a Procter & Gamble (produtos de higiene, US$ 100 milhões), a Philips (US$ 220 milhões), a Wal-Mart (cinco lojas, US$ 100 milhões) e a Latasa (empresa de latas, US$ 100 milhões). Kapaz ainda falou de negociações com a Samsung (US$ 800 milhões), Toyota, Fiat, Volkswagen e a Renault -indústria francesa de veículos, disputada também por outros três Estados. O efeito imediato desses investimentos seria a promoção de novos empregos, além de aumentar a arrecadação e a capacidade de o Estado se dedicar às áreas sociais. Embora admita resistências, Kapaz tenta também reestruturar as cem escolas técnicas do Estado e as 11 faculdades de tecnologia para adequá-las à necessidade de ``inserção internacional". Segundo ele, é preciso que essas escolas estejam mais ligadas à demanda do mercado, mas respeitando as vocações regionais. Enfoque semelhante ocorreria no intercâmbio com as universidades estaduais (USP, Unicamp e Unesp). Dois convênios com entidades dos EUA (Massachusetts Institute of Technology, a ser firmado em julho, e Harvard, já firmado) prevêem investimento no Centro de Inovação Tecnológica do Estado (a ser implantado) e treino de mão-de-obra de alto nível, visando as concessões e privatizações de transportes, energia e saneamento. Já a situação do Metrô é mais complicada. O governo tem capacidade zero de investimento -ou seja, de ampliação da rede. E ainda faltam 12,2 quilômetros para a conclusão das atuais três linhas. O Metrô depende de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), parcerias e verbas estrangeiras. Texto Anterior: 'Governar não é só fazer obra' Próximo Texto: Reengenharia prejudica saúde e educação Índice |
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