São Paulo, segunda-feira, 26 de junho de 1995 |
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Teste de qualidade aprova só ferros caros
DANIELA FERNANDES
Os produtos foram analisados em relação à segurança, durabilidade e consumo de energia. O teste, realizado com o apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, revela aspectos que podem ajudar o consumidor no momento da compra de um ferro elétrico. O Idec testou ferros de vários tipos, do mais simples, chamado automático (que tem apenas o botão de regulagem da temperatura) até o mais sofisticado (com vapor, spray, base antiaderente e luz piloto que indica o funcionamento do aparelho). O fator que mais pesou na avaliação foi a segurança dos produtos, diz o Idec. Todos os ferros foram aprovados no que se refere à segurança da parte elétrica (proteção contra choque, fiação). Mas foram observados problemas em relação à segurança geral. Aqueles que possuem parte da carcaça em material metálico foram considerados mais perigosos. Se essa parte não estiver protegida, o usuário pode encostar a mão nessa área e se queimar. Os modelos automáticos da Black & Decker e da Walita possuem boa parte da carcaça em metal. Ambas as marcas têm outros modelos com proteção da carcaça. A empunhadura (local onde se segura o ferro) destes dois modelos automáticos também esquenta excessivamente, revela o teste. A temperatura dos ferros da Walita e da Arno ultrapassou o limite de segurança. O ferro da Walita registrou uma temperatura superior a 160ºC. Randal Guimarães, 31, responsável pela linha de ferros da Walita, afirma que o ferro testado pelo Idec respeita as normas do IEC (International Electronic Comitee). Uma das normas não estabelece limite para a temperatura da carcaça externa. A outra norma diz que a temperatura da empunhadura do ferro e a ambiente, somadas, não podem superar os 60ºC. Segundo Guimarães, essa temperatura conjunta varia entre 19ºC e 37ºC no ferro da Walita. Três produtos foram reprovados no teste de durabilidade, que consiste em submeter o ferro a sucessivos impactos. O Electrolux perdeu o bico do spray, o da Arno teve a carcaça e os botões afrouxados e o Black & Decker a vapor queimou. No teste do consumo de energia, o ferro da Arno registrou um gasto real superior a 10% do valor marcado na embalagem. Procurado pela Folha até o final da tarde de sexta-feira, Walter Márcio Cunha, diretor do setor industrial da Arno, não foi localizado para comentar o teste. Texto Anterior: SP registra 27 homicídios no fim-de-semana Próximo Texto: Comparação de marcas muda normas técnicas Índice |
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