São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 1995
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Saiba o que trocar em seu computador

MARIJÔ ZILVETI
DA REPORTAGEM LOCAL

As mensagens de memória insuficiente ou falta de espaço em disco são uma dor de cabeça para quem depende do micro no dia-a-dia.
Uma saída é trocar a máquina pelo último modelo disponível no mercado. Outra é envenenar o micro usado, aproveitando melhor seu investimento. Para fazer a recauchutagem com segurança, acompanhe as dicas de especialistas ouvidos pela Folha.
Conheça os chips
Qual a diferença entre um 386SX de 25 MHz e um 386DX de 25MHz? E entre um 486SX de 33 MHz e um 486DX de 33 MHz? As letras e números identificam o tipo de processador.
O chip 386SX tem entradas e saídas de dados com largura de 16 bits (menor unidade de informação). O 386DX tem o dobro de largura, ou seja, 32 bits -portanto, os sinais trafegam com mais rapidez.
No chip 486, as letras SX indicam ausência de co-processador aritmético. E o 486DX indica a presença desse componente, que é importante para quem trabalha com programas que exigem muitos cálculos, como os programas gráficos.
Os números em MHz indicam a velocidade do processamento interno, que é medido em milhões de ciclos por segundo. Quanto mais MHz, maior o desempenho.
XT e 286
Se seu computador é um XT ou um 286, que são modelos mais antigos, uma alternativa é tentar oferecer esse equipamento como parte de pagamento e comprar um novo.
Esses computadores estão obsoletos e costumam não ter mais valor de mercado. Às vezes, não é o caso de jogar o seu velho micro na lata do lixo.
Se houver necessidade de mais de uma máquina em casa ou no escritório, o XT (ou o 286) pode ser usado para digitação de textos. Outro uso é deixar o micro antigo recebendo fax.
Reforma parcial
Se o seu computador é do tipo 386, a opção para conseguir usar programas que pedem mais velocidade é fazer uma troca parcial.
Em alguns casos, você pode acabar tendo que substituir praticamente todos os componentes. A recauchutagem pode ser total, restando somente o gabinete, caixa que envolve o micro.
A única marca do mercado que começou a oferecer atualização de processador, a partir do modelo 386, foi a Acer.
A empresa patenteou o nome Chip up, sistema que permitia a troca do chip antigo por um mais veloz, como o 486.
A máquina com chip novo perdia de 5% a 10% de performance, segundo a ACBr, que distribui a marca no país. Quem comprou máquina Acer pode fazer essa atualização na loja da ACBr. Leva cerca de 20 dias e sai por R$ 200.
Fonte e disco rígido
As modificações na hora de passar de um 386 para um 486 não se limitam à substituição da placa.
A fonte de alimentação (conversor de eletricidade) pode estar com seus dias contados, se for de 150 watts.
Por R$ 45 (leia quadro), você passa sua antiga fonte para frente e leva uma de 250 watts.
As placas que controlam o disco rígido (onde ficam armazenados programas e dados) e o leitor de disquetes também devem ser mudadas.
Não fazer essa substituição equivale a ter um carro potente de oito cilindros com câmbio de um Fusca.
A partir do 486, a Intel criou o conceito de overdrive, que significa tirar o chip do soquete e colocar um mais potente.
Se você tiver um 486SX de 25 MHz e passar para um 486DX4 de 75 MHz, vai triplicar a velocidade de processamento. Isso não quer dizer que seu micro vai ser três vezes mais rápido.
Os números que vêm depois da letra X, como 486DX2 ou 486DX4, indicam que as velocidades do processamento são respectivamente o dobro e o quádruplo da velocidade de comunicação entre a placa principal e outros componentes.
Desde o início do ano é possível trocar o chip de alguns modelos de 486 pelo Pentium, o mais poderoso da linha Intel (leia quadro).

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