São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995 |
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Polícia adia pela 2ª vez invasão a presídio
DA FOLHA VALE O secretário de Administração Penitenciária do Estado, Belisário dos Santos Júnior, 47, voltou atrás pela segunda vez ontem e adiou novamente a invasão da Penitenciária 1 de Tremembé (135 km a noroeste de SP), tomada pelos 680 presos desde sábado.A explicação dada por Santos Júnior para adiar pela segunda vez a invasão foi de que a falta dos agentes penitenciários inviabilizaria a ação da Polícia Militar. Santos Júnior havia dito na terça-feira que a invasão ocorreria ontem, independentemente da disponibilidade dos agentes do presídio. Os 350 agentes da Penitenciária 1 de Tremembé permaneceram em greve ontem. Os agentes penitenciários dos demais presídios do Complexo Taubaté-Tremembé, que também estavam em greve, retornaram ontem ao trabalho. O secretário disse que se fosse necessário seriam utilizados agentes de outros presídios para entrar e fazer a vistoria nas celas. Ele não explicou por que teria voltado atrás e desistido de utilizar outros agentes na vistoria. Na terça-feira, Santos Júnior já havia voltado atrás em sua decisão inicial e desistido da primeira invasão marcada no presídio. Ele havia dito, na segunda-feira, que a Polícia Militar iria invadir o presídio na manhã de terça. O motivo do adiamento, segundo Santos Júnior, foi a falta de dispositivos de segurança no prédio. Ele afirmou que faltavam cadeados e trancas na Penitenciária 1 para manter os presos nas celas. O secretário afirmou ontem que a ação pode ocorrer hoje. Ele disse que a invasão é ``provável". Greve A maior parte dos agentes penitenciários do complexo Taubaté-Tremembé (80,5%) decidiu voltar ao trabalho ontem. Continuam parados apenas os agentes da Penitenciária 1, de Tremembé. Os agentes do presídio afirmam que só retornarão ao trabalho depois que a Polícia Militar fizer a vistoria das celas. Os agentes temem pela falta de segurança no prédio. A PM deverá revistar todas as celas, procurar possíveis túneis que possam ter sido cavados para fuga e apreender estiletes e armas em poder dos presos. Segundo a PM, na última vistoria na penitenciária, em março, foram retiradas mais de 800 armas. Texto Anterior: Rede Globo cancela minissérie 'Mar Morto' Próximo Texto: 'A diretoria mistura presos' Índice |
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