São Paulo, quinta-feira, 29 de junho de 1995
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Pacaembu é alvo de privatização desde 1994

DA REPORTAGEM LOCAL

O estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, conhecido como Pacaembu, esteve bem próximo da privatização.
No dia 1º de setembro do ano passado, o prefeito Paulo Maluf anunciou o interesse em privatizá-lo. A alegação da prefeitura era de que administrar o Pacaembu ``dava prejuízos".
Passados nove meses do anúncio do prefeito, apenas o Corinthians demonstrou real interesse na aquisição do estádio.
O clube, por intermédio do presidente Alberto Dualib, ofereceu ao município um terreno, em Itaquera, de 200 mil metros quadrados.
O custo do estádio ficaria em torno de US$ 150 milhões. O terreno oferecido pelo Corinthians serviria como um ``abatimento" do valor.
O Corinthians é o único dos clubes grandes da capital que não possui um estádio em condições de abrigar jogos com público superior a 15 mil pessoas.
No dia 12 de dezembro do ano passado, o Estado tombou o estádio do Pacaembu, dificultando o processo de privatização anunciado pela prefeitura.
Com o tombamento do estádio pelo governo estadual, ficaram proibidas reformas no Pacaembu sem autorização prévia do Condephaat, órgão que cuida de patrimônios históricos.
Neste ano, moradores dos bairros próximos ao estádio (Pacaembu e Perdizes) fizeram protestos contra a privatização.
Além do Pacaembu, o prefeito Paulo Maluf havia demonstrado interesse na privatização do autódromo de Interlagos.

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