São Paulo, sábado, 1 de julho de 1995
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Corte derruba privilégio nos EUA

DE WASHINGTON

A Suprema Corte dos EUA desferiu no início desta semana o mais duro golpe político já sofrido pela chamada ``política de ação afirmativa", que dá privilégios a minorias raciais em empresas, escolas e no governo.
Por cinco votos a quatro, a Corte impediu que, baseado em lei aprovada pelo Congresso, o governo desse preferência em concorrência pública a uma empresa pertencente a hispânicos.
A lei determina que pelo menos 10% de toda a verba federal alocada para construção de estradas seja gasta em pagamentos a empresas que pertençam a ``indivíduos em desvantagem social".
Em 89, a Gonzales Construction e a Adarand Costructors participaram de concorrência pública para construção de estrada na Floresta Nacional de San Juan, Colorado.
A Adarand fez uma proposta US$ 1.700 mais barata, mas a Gonzales venceu porque seus proprietários são hispânicos. O caso chegou à Suprema Corte, que agora resolveu em favor da Adarand.
É a primeira vez que a política de ação afirmativa é derrubada na Corte e pode abrir precedente para milhares de apelos similares.
A ação afirmativa está sendo vista pela opinião pública cada vez mais como discriminação revertida: os brancos são as vítimas.

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