São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Férias começam com música clássica

ROGER MODKOVSKI
DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 25 mil pessoas assistiram ao concerto ao ar livre da Royal Philharmonic Orchestra no parque Ibirapuera (zona sul), ontem, no primeiro domingo das férias de julho.
Regida por Yehudi Menuhin, 79, a orquestra inglesa tocou ontem durante duas horas.
Descontraídos, alguns violinistas e violistas se protegiam com óculos escuros do sol paulistano.
O público só não foi maior porque houve a concorrência de um show de samba -no ginásio do Ibirapuera- e da festa do Dia do Bombeiro, no parque.
Segundo a Guarda Civil, havia um total de 80 mil pessoas no parque ontem pela manhã.
A orquestra já havia se apresentado sexta-feira em São Paulo, no Teatro Municipal. O repertório não foi ``popular" como era esperado em um concerto ao ar livre.
O maestro e violinista Menuhin disse que não se importava de tocar em um parque, pois a perda de qualidade sonora seria compensada pelo maior público.
A orquestra acabou fazendo apenas um ``bis" -a ``Dança Eslava nº 2", de Dvorak. O segundo previsto, a ``Dança Húngara nº 15", de Brahms, ficou de fora.
Fernando Rey, 31, psicólogo, e a amiga Elizabeth Bittar, 36, tiveram que ficar longe do palco com seus cães Stefan, 9, um collie tricolor, e a setter Ágata, 4.
É que Stefan costuma ``aplaudir latindo" as músicas. ``Uma vez, um maestro reclamou dele",
conta Elizabeth. Haroldo Tadeu da Silva, 35, trocou o pagode pelo erudito. Técnico de som, ele trabalha com samba, mas diz que às vezes ``tem que variar".

LEIA MAIS
Sobre o primeiro fim-de-semana das férias na página Esp. 1.

Texto Anterior: Arquiteta aguarda há 5 meses por seu Citroën
Próximo Texto: SP registra 57 homicídios no fim de semana
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.