São Paulo, segunda-feira, 3 de julho de 1995 |
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Sotaque vira atração do clássico
FRANCISCO MARTINS DA COSTA
Em Ribeirão Preto, eles soavam diferente por causa do forte sotaque de alguns torcedores. ``Caio morfético!", gritava o estudante palmeirense Antonio Vicari, 14, preocupado com as perigosas (e raras) penetrações do atacante tricolor. Para quem não sabe, morfético quer dizer leproso (doente de lepra), em uma das acepções da palavra. ``Porco imundo! Lazarento!, esbravejava o torcedor. A propósito, lazarento também significa leproso. Os nomes de alguns jogadores também ganhavam novas pronúncias na boca dos torcedores. Para um grupo de palmeirenses de Araraquara, Cléber virou ``Créber" e Flávio Conceição era chamado de ``Frávio". Os são-paulinos Alemão e Palhinha viraram ``Aremón" e ``Parínia", na pronúncia de Go Matsukawa, 19, ponta-esquerda dos juniores do Botafogo de Ribeirão Preto, que acompanhava o clássico das numeradas. Go e outros dez colegas vindos de Kobe, Tóquio e outras cidades japonesas treinam no Botafogo e vibravam com as jogadas de seus ídolos Mancuso, Zetti, Edílson e Palhinha. A única decepção do grupo era a ausência de Juninho. ``Pena que não veio o Dzunin, né?", lamentava o meia-esquerda Kazuohiro Asami, 19. Texto Anterior: Movimento atrai 200 ambulantes Próximo Texto: Alemão gosta do empate Índice |
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