São Paulo, terça-feira, 4 de julho de 1995 |
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Gays devem `invadir' Livramento
FERNANDO RODRIGUES; MÁRIO MAGALHÃES
``Prevê-se que venham 30 mil turistas. Desses, uns 3.000 devem ser gays, pela minha experiência anterior", diz Afonso Lemos, 29, criador do Clube Floresta Gay, de Livramento. O clube, segundo Lemos, é ``o único assumidamente gay do Rio Grande do Sul". A idéia de criá-lo surgiu ``porque tem muito gay nesta região", diz. Antes de ser um clube gay, com 150 sócios, o Floresta Gay era o Movimento Nativista Prenda Minha, uma associação que divulgava a cultura gaúcha. ``Éramos frequentados por famílias e por homossexuais. Mas a bicharada tomou conta", diz Lemos. No clube, mulher não entra. As exceções são os eventos especiais, como a escolha anual da pantera gay e do gato molhado. Isso não é discriminação? ``Não. Queremos privacidade. Os rapazes ficariam inibidos com as mulheres", diz o presidente do clube, José Pedro Rodrigues dos Santos, 36. Ele vê os jogadores brasileiros todos os dias, bem de perto. Santos é um dos mais experientes cozinheiros do Hotel Jandaia, onde a seleção está hospedada. Sob a coordenação de Martinho de Souza, cozinheiro da seleção, Santos ajuda a preparar as refeições dos jogadores. Ele é especialista em saladas ornamentadas com cenouras esculpidas em forma de botões de rosa. ``Ganhei uma foto autografada do Dunga. Ele mesmo me deu. É o meu preferido na seleção", diz Santos. Já Lemos acha que o preferido dos homossexuais será outro: ``Ah, é lógico que vai ser o Ronaldão. Ele tem o físico mais avantajado". (FR e MM) Texto Anterior: Supervisor organizou viagem Próximo Texto: Fut latino volta com realismo fantástico Índice |
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