São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Chefe da polícia do Rio rebaixa delegado

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O novo chefe de Polícia Civil do Rio, Hélio Luz, afastou da direção do DPE (Departamento de Polícia Especializada) o delegado Mário Azevedo, chefe da ação que, em 8 de maio, causou a morte de 13 supostos traficantes em Nova Brasília (zona norte).
O DPE é o mais importante departamento da Polícia Civil. A ele estão subordinadas a DAS (Divisão Anti-Sequestros), a DDV (Divisão de Defesa da Vida) e a DRFVAT (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores), entre outras divisões.
Azevedo voltou à direção da DRRFCEF (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos Contra Estabelecimento Financeiros), também subordinada ao DPE.
Luz, 49, negou que tenha afastado Azevedo por causa do episódio conhecido no Rio por chacina de Nova Brasília. ``Ele não foi rebaixado. Ele agora dirige uma divisão importante, que reprime assaltos a bancos", disse.
Azevedo estava no DPE há um mês, como diretor-interino. À época da ação em Nova Brasília, ele dirigia a DRRDCEF. Sua atuação na favela foi analisada de modo positivo pelo secretário de Segurança Pública, general da reserva Nilton Cerqueira.
O secretário na época da ação era o general da reserva Euclimar da Silva, que deixou o cargo dias depois. Com a ida de Cerqueira para a secretaria, Azevedo foi promovido para o comando do DPE.
A nomeação de Luz para a chefia da Polícia Civil mudou a situação de Azevedo. Para reestruturar a polícia, Luz recebeu de Cerqueira autorização para mudar nomes. Ele decidiu não trabalhar diretamente com Azevedo.
A saída de Azevedo do DPE integra um pacote de mudanças. Foram nomeados nove delegados para cargos de confiança, um deles o substituto de Azevedo.
O novo subchefe de Polícia Civil é Ciro Advíncola. Alexandre Neto é o diretor da DAS, Elias Barbosa dirige o Departamento de Polícia da Baixada e João Bosco é o chefe de gabinete.
Também foram promovidos os delegados Ronaldo Vilela, Luís Omena, Manoel Vidal e Milton Olivier.

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