São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995 |
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Regra para reajuste do SFH confunde BC
ALBERTO FERNANDES
O Plano de Equivalência Salarial prevê correção das prestações pelo reajuste salarial de cada categoria, mas a MP estabeleceu livre negociação salarial. A confusão ficou explícita ontem quando o BC (Banco Central) desmentiu declarações de sua própria diretoria. O BC declarou estar proibido o repasse integral da inflação para as prestações do SFH pelo Plano de Equivalência Salarial. Segundo comunicado oficial, as prestações devem ser reajustadas pela variação salarial dos mutuários, não sendo ``admitida a utilização de índices de preços" nos reajustes. Apesar do que diz o texto, o reajuste não tem como ser feito pela variação salarial dos mutuários. É que, embora a lei obrigue os bancos a fazer a correção dessa maneira, nenhuma instituição tem condições de saber a variação salarial de cada mutuário. O texto foi assinado pelo diretor de Normas do BC, Cláudio Mauch, que anteontem havia dito o contrário e previsto o uso de um índice para o reajuste do SFH. ``Os bancos poderão usar a média do IGP-DI e do INPC para o reajuste", declarou naquele dia, referindo-se ao índice oficial para contratos. Por falta de conhecimento das variações salariais de todas as categorias, a Caixa Econômica Federal e outros bancos do SFH utilizam índices de preços para corrigir as prestações. Assim, quem teve reajuste salarial abaixo do reajuste da prestação vai à agência e solicita a revisão do contrato. O erro que o diretor do BC cometeu anteontem e procurou corrigir ontem foi endossar oficialmente essa prática, que, embora adotada pelos bancos por falta de opções, não segue a lei. Até o mês passado, era usado para a correção das prestações do SFH o IPC-r, mas a medida provisória que acabou com a correção automática dos salários também extinguiu esse índice. Texto Anterior: Banco Central divulga os valores da TBF Próximo Texto: Cresce oferta de imóveis Índice |
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