São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Greenpeace promete chegar a Mururoa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Os ativistas do grupo Greenpeace prometeram desrespeitar o limite de águas territoriais de 12 milhas (22km) ao redor do atol de Mururoa, território francês.
O navio Rainbow Warrior 2º, pertencente ao grupo, quer se aproximar do local onde a França pretende realizar testes nucleares, e desta forma impedi-los.
Os franceses prometem barrar a entrada do barco na zona de exclusão. A organização não-governamental Greenpeace não informa que táticas usará para tentar impedir os testes.
Ontem, o Rainbow Warrior 2º deixou Papeete, a capital do Taiti, também uma possessão francesa. Essa é a última etapa da viagem do barco rumo a Mururoa.
O navio deve levar entre três e quatro dias para cumprir o percurso de 1.200 km. Os testes nucleares devem começar em setembro e se estender até maio de 96.
Viajam no Rainbow Warrior 2º 22 tripulantes ligados ao grupo Greenpeace, além do bispo Jacques Gaillot, destituído pelo Vaticano da diocese de Evreux (França), o pastor Temarama, da ONG Federação Polinésia de Defesa do Meio Ambiente, e o líder independentista polinésio Oscar Temaru.
A passagem do Rainbow Warrior por Papeete deixou de ser apenas uma atividade ambiental para se tornar política.
Cerca de cem manifestantes foram ao porto da cidade para ver a partida do barco. Muitos carregava a bandeira azul e branca que simboliza a independência da Polinésia Francesa.
Os habitantes da região protestam contra os testes nucleares, por achá-los inseguros.
Ontem houve protestos contra os testes em frente à Embaixada da França em Roma. Cinco ativistas do Greenpeace usaram cordas para escalar a fachada, parte dela projetada por Michelangelo, e pregar uma faixa de protesto.

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