São Paulo, quarta-feira, 5 de julho de 1995
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Radicais islâmicos egípcios assumem atentado contra presidente Mubarak

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O maior grupo militante muçulmano egípcio assumiu a responsabilidade pelo atentado que quase matou o presidente do Egito, Hosni Mubarak, em Adis Abeba (Etiópia) na semana passada.
"O Gamaa al Islamiia (Grupo Islâmico) no Egito anuncia sua responsabilidade pela tentativa de matar o ditador em Adis Abeba no dia 26 de junho, disse comunicado emitido ontem pelo grupo.
Após o atentado, o Egito afirmou suspeitar de uma ação promovida pelo vizinho Sudão. O governo da Etiópia disse que os cinco pistoleiros eram egípcios.
O ministro da Informação do Egito, Safuat el Sherif, disse ainda ter dúvidas sobre quem patrocinou a tentativa de assassinato.
O Egito acusa o governo de Cartum, capital do Sudão, de treinar militantes muçulmanos para ataques no Egito.
Mais de 780 pessoas já morreram em ataques de inspiração política no Egito desde que o Gamaa al Islamiia lançou sua campanha contra Mubarak em 1992.
Segundo o comunicado, foi a terceira tentativa de assassinato do grupo contra o presidente.
O Gamaa al Islamiia exige a libertação dos prisioneiros islâmicos no Egito e a implantação da lei islâmica (Charia) no país.
Ontem o governo islâmico do Sudão renovou suas exigências sobre a região fronteiriça do "triângulo de Halaib, onde se acredita haver ricas jazidas de petróleo.
O chanceler sudanês, Ghazi Atabani, se disse ontem favorável a mediação internacional e acusou o Egito de mobilizar tropas.

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