São Paulo, quinta-feira, 6 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Telesp pede mais 475 mil celulares

ELVIRA LOBATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo autorizou a Telesp (Telecomunicações de São Paulo) a encomendar mais 475 mil telefones celulares para o Estado de São Paulo, dos quais 150 mil serão destinados à capital.
Os contratos, com valor total aproximado de US$ 600 milhões, serão assinados com a NEC, AT&T e Motorola. Só o contrato da NEC, que abrange a Grande São Paulo, Campinas, São José dos Campos e litoral do Estado, é de cerca de US$ 480 milhões.
As novas encomendas não são suficientes para eliminar a fila de espera pelo telefone celular existente no Estado. Segundo a Telesp, existem 800 mil inscritos e o número só não é maior porque as inscrições estão suspensas desde novembro do ano passado.
A fila de espera na capital paulista atinge 600 mil pessoas, ou seja, é quase três vezes maior do que o número de celulares em funcionamento: 220 mil.
Pelos dados da Telesp, só um quarto dos que estão na fila na capital (150 mil pessoas) poderão ser atendidas ainda neste ano. Do total, 80 mil serão atendidos com equipamentos encomendados no ano passado.
Pelos novos contratos, 80 mil telefones irão para Campinas; Santos receberá 50 mil, e as regiões de São José dos Campos, Bauru e Araraquara/São José do Rio Preto receberão, cada uma, 40 mil unidades.
Os contratos prevêem ainda instalação de antenas retransmissoras ao longo das rodovias Fernão Dias, Anhanguera, Washington Luis, Castelo Branco, Marechal Rondon, Raposo Tavares e Régis Bittencourt e na Via Dutra.

Sem concorrência
A Telesp não fará concorrência para comprar os equipamentos. Na avaliação da estatal, endossada pela Telebrás, as licitações feitas em 1991 e 1992 dão amparo legal para a assinatura dos novos contratos.
O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Fernando Xavier, disse à Folha que não terá efeito prático a sentença da Justiça Federal de São Paulo que cassou a liminar contra a abertura de concorrência para telefonia celular privada em São Paulo.
A liminar foi cassada pela 13ª Vara Federal em São Paulo. Segundo o secretário, o assunto será resolvido pelo Congresso Nacional, com a quebra do monopólio estatal das telecomunicações, antes que a ação chegue ao Supremo Tribunal Federal, a instância máxima da Justiça.

Texto Anterior: Rio já prepara festa para fábrica da VW
Próximo Texto: Governo quer liberar uso de anabolizantes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.