São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995
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Mario Covas se reúne com Gustavo Loyola

DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas afirmou, ontem, que há um compromisso comum entre o Estado de São Paulo e o Banco Central para acelerar uma solução para a intervenção do Banespa.
Segundo ele, a intenção é encurtar ao máximo o prazo da intervenção, ``seja qual for a solução posterior para o caso Banespa".
O governador se encontrou, ontem, pela primeira vez, com o novo presidente do BC (Banco Central), Gustavo Loyola, sucessor de Pérsio Arida, para discutir a situação do banco. Segundo Covas, este foi apenas um primeiro contato, para ``retornar as conversas".
Arida vinha negociando uma solução para o caso Banespa, que está sob intervenção do BC desde 30 de dezembro de 1994. Covas chegou a sinalizar, há pouco mais de um mês, que o entendimento estava próximo de ser consumado.
Pérsio Arida defendia a privatização do banco, mas aceitava que Covas retomasse a administração da instituição para saneá-la antes que se decidisse a privatização.
O acordo só não foi fechado porque Arida não concordava com a proposta de Covas, de negociar o pagamento de metade da dívida de R$ 12,5 bilhões do governo do Estado junto ao banco, enquanto o resto seria saldado por empréstimo externo avalizado pela União.
Covas continua tentando obter a aprovação do BC para esta proposta. Segundo a Folha apurou, na reunião de ontem com Loyola, Covas fechou acordo para evitar que o BC vaze informações que sirvam de munição para quem defende a privatização do Banespa.
Loyola evitou, ontem, defender a privatização, mas como ele mesmo disse, em outras ocasiões já havia manifestado sua posição. Loyola é da opinião de que bancos públicos devem ser privatizados.
Covas anunciou que a Nossa Caixa deixou de recorrer ao socorro financeiro do BC, o que vinha ocorrendo desde setembro de 94.

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