São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995 |
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TCU gasta R$ 10 mil com salão de beleza
GUSTAVO KRIEGER
O diretor-geral de Administração do tribunal, Antônio Trindade, diz que a obra é de ``utilidade pública". ``O TCU fica em um local isolado e nossos funcionários e os ministros não tinham tempo para cortar o cabelo, a não ser no fim-de-semana", disse Trindade. Segundo ele, ``o serviço não é de graça. Todo mundo paga". O tribunal tem sua sede ao lado do Congresso Nacional e a menos de 5 km do centro de Brasília. Para montar o salão de cabeleireiro, o TCU investiu em equipamentos e instalações. Depois entregou a administração a um concessionário, que paga apenas as despesas de água e luz. Entre os equipamentos comprados estão duas cadeiras de cabeleireiro com equipamento hidráulico para controle de altura. Cada uma custou R$ 854. O tribunal comprou ainda uma mesa de manicure, poltronas e um móvel para lavagem de cabelos com aquecedor de água. O deputado Augusto Carvalho (PPS-DF) pesquisou os gastos do TCU no Siafi (sistema de informática que registra todos os pagamentos do Executivo). A pesquisa revelou outros gastos surpreendentes. O TCU gastou R$ 1.150 para comprar, sem concorrência pública, uma cadeira de engraxate. O móvel é feito em mogno, com encosto imitando couro na cor preta. Outra poltrona custou R$ 1.335,41 e também foi comprada sem licitação. A cadeira tem ``mecanismo de inclinação relax, de tensão ajustável ao peso do usuário e revestimento em couro super". O tribunal gastou ainda R$ 3.151 para comprar um balcão de ``bonbonnière" com acabamento em mogno. Segundo o diretor Trindade, ``esses são gastos pequenos, feitos com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos ministros e funcionários do TCU". Para Carvalho, ``são gastos desnecessários, que deveriam ser cortados no momento em que se fala em ajuste no setor público". Texto Anterior: Ajuste fiscal exige privatização, conclui seminário Próximo Texto: Saiba o que faz o TCU Índice |
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