São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Preso revela plano para matar juíza no Rio
SILVIA NORONHA
A chacina na favela de Vigário Geral (zona norte do Rio), ocorrida em agosto de 1993, deixou 21 pessoas mortas. Sérgio Borges, um dos acusados que se diz inocente, disse que os ``verdadeiros" autores da chacina planejam matar a juíza do 2º Tribunal do Júri, Maria Lúcia Capiberibe, e os promotores Maurício Assayag e José Piñeiro Muiños. Borges afirmou que dois homens teriam sido contratados pelo grupo. Os crimes deveriam acontecer pouco antes do julgamento dos indiciados no caso. Segundo a denúncia, os criminosos já teriam estudado os hábitos da juíza e dos promotores para executar o plano. Eles usariam moto e capuzes. O plano foi denunciado à própria juíza e aos promotores, ontem de madrugada, no 2º Tribunal do Júri, no Fórum (centro do Rio). ``A denúncia não me intimida", disse a juíza, ao final dos interrogatórios, no início da tarde de ontem. Ela, os promotores e seus familiares contam com segurança. Por causa das denúncias feitas pelos 17 acusados, o processo sobre a chacina de Vigário Geral foi convertido em diligência para que sejam apurados os novos fatos. Os 17 presos ouvidos ontem e anteontem se dizem inocentes. Eles entregaram fitas cassetes à Justiça. Segundo contaram, as fitas contêm gravações de conversas com outros réus no processo. Sem saber que as conversas estavam sendo gravadas, esses réus teriam contado detalhes da chacina. Com as denúncias, os 17 presos pretendem provar que são inocentes. As fitas serão encaminhadas ao ICE (Instituto de Criminalística Carlos Ébole), que atestará ou não a autenticidade das gravações. Tanto a juíza quanto o promotor Muiños afirmaram ontem que as fitas valem como prova no processo, desde que constatada a autenticidade. Muiños classificou os depoimentos de uniformes, fortes e contundentes. Texto Anterior: SBPC começa amanhã sua 47ª reunião anual, no Maranhão Próximo Texto: 17 presos afirmam ser inocentes Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |