São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995
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Sindicato por empresa

SHIRLEY EMERICK
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Assim, os sindicatos poderão se organizar por empresa, alternativa que vai facilitar as negociações para a implantação do contrato coletivo de trabalho.
Essas alterações vão ajudar também o cumprimento da MP (medida provisória) da desindexação, que acabou com a correção automática dos salários pela inflação. A negociação por empresa vai facilitar as discussões da aferição de produtividade e desempenho.
Nas discussões técnicas no Ministério do Trabalho, a tendência é a manutenção das atuais datas-base.
Isto significa que dentro de uma fábrica, um único sindicato vai negociar por todas as categorias profissionais.
A proposta do ministério é manter todos os direitos previstos na Constituição, como 13º salário, licença-maternidade e férias.
O governo deve mandar uma emenda ao artigo 7º flexibilizando os direitos em função da negociação entre patrões e sindicatos profissionais.
A intenção é corrigir as distorções que esta legislação pode causar na livre negociação. Nesse caso, por exemplo, o sindicato poderá negociar com a empresa o parcelamento do pagamento do 13º salário em caso de dificuldades financeiras.
Atualmente a legislação obriga o pagamento de uma só vez.
O governo quer também acabar com o imposto sindical obrigatório, mas de uma forma gradual. A emenda deve sugerir a redução do imposto, que é o valor de um dia de trabalho descontado em março.
Esta alternativa vai permitir que os sindicatos que se sustentam unicamente com esta contribuição possam reformular a forma de autofinanciamento.

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