São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995
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Reforma tributária é a saída, diz Covas

SILVANA QUAGLIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A melhor forma de São Paulo estancar a sangria de indústrias que o Estado vem enfrentando é a aprovação no Congresso Nacional de uma reforma tributária. A afirmação é do governador Mário Covas, que mostrou estar preocupado com o número de empresas que estão deixando São Paulo para se instalar em outros Estados.
Além de perder indústrias já instaladas, o Estado não está conseguindo atrair novos investimentos. Este é o caso, por exemplo, da fábrica de caminhões que a Volkswagen vai instalar no Brasil.
Depois de uma queda de braço de alguns meses, o governo paulista acabou perdendo para o Rio de Janeiro a nova fábrica. A decisão foi anunciada pela montadora nesta semana.
Covas afirma que São Paulo só perdeu esta fábrica por que o Estado vencedor ofereceu incentivos fiscais para a multinacional montar sua nova fábrica. É a chamada guerra fiscal entre os Estados.
Covas explica que São Paulo, por ter um parque industrial já formado, tem mais dificuldade em competir por intermédio da redução de impostos. ``Eu não poderia baixar impostos para apenas uma fábrica, mas para todo um setor."
O setor de frigoríficos, por exemplo, está promovendo uma verdadeira revoada para outros Estados. Dos 67 que havia em São Paulo, 37 já mudaram, segundo Covas. Na mesma rota, está o setor de autopeças. O governador foi informado de que 153 empresas estão buscando novas localidades.
Enquanto a reforma tributária não sai, Covas diz que a saída é a Justiça e cita uma ação movida por São Paulo no Supremo Tribunal Federal contestando redução de alíquotas por outros Estados.
O governador afirma que brigará pela fábrica de motores que a Volks planeja instalar no país.

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