São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995 |
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Tarifas vão puxar inflação, admite Malan
LUIZ ANTONIO CINTRA
Segundo o ministro, os índices de inflação voltam a cair a partir de agosto. Malan se recusou a fazer qualquer previsão a respeito dos números da inflação, tanto para julho quanto para agosto. Sobre a balança comercial, Malan disse o desempenho não pode ser analisado ``de acordo com o ano-calendário". ``O mundo real não se pauta por calendários gregorianos. Como se o país a cada dezembro fechasse sua conta corrente, calculasse qual foi seu déficit e assinasse um cheque para alguém no valor", disse. Para o ministro, o importante é a tendência que da balança. Malan fez essas declarações ontem durante almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, no Clube Transatlântico, em São Paulo. Em entrevista exclusiva ao jornal argentino ``La Nación", publicada ontem, o ministro disse que o Brasil terá ``um pequeno déficit em conta corrente (balança comercial e de serviços) este ano mas o mundo não termina em 31 de dezembro de 1995. O importante é a tendência projetada para 96 e não vamos ter no Brasil essa trajetória crescente de deterioração do balanço de pagamentos que marcou a experiência mexicana". O ministro usou como argumento para afirmar que as importações vão cair o estoque de cerca de 225 mil veículos das montadoras e das importadoras. Fiesp O ministro Malan esteve à tarde na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), onde se encontrou com a diretoria da entidade. O presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse depois da reunião que Malan ficou de estudar a possibilidade de criar salvaguardas para setores da indústria, a exemplo do que foi feito com o setor automobilístico. Colaborou o enviado especial a Buenos Aires Texto Anterior: O VAIVÉM DAS COMMODITIES Índice |
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