São Paulo, sábado, 8 de julho de 1995![]() |
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Bolsa de Valores mexicana se recupera
FLAVIO CASTELLOTTI
Analistas financeiros afirmam que o otimismo da Bolsa mexicana é reflexo da queda de 0,25% na taxa de juros interbancária dos Estados Unidos. ``Os investidores norte-americanos já recuperaram a confiança no México", disse Alejandro Valenzuela, diretor de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Para muitos analistas, as ações mexicanas continuam sendo mais atrativas que as chilenas, onde o governo aumentou a tributação para capitais de curto prazo, ou que as argentinas, onde a instabilidade econômica ainda está presente. A queda dos juros nos EUA representa também um alívio para o governo mexicano, pois diminui a carga de juros da dívida externa. Para Macario Schettino, professor de Economia do Colégio de México, a diminuição dos juros no país vizinho foi apenas a ``gota d'água". ``Grande parte das ações mexicanas estava subavaliada. Devido ao pessimismo gerado pela crise, havia uma demanda reprimida na Bolsa", explica Schettino. O economista acredita que a Bolsa deve seguir subindo durante os meses de julio e agosto, ``porém o crescimento não pode durar muito, uma vez que não é acompanhado por uma reestruturação do setor real da economia", comenta. O ministro da Fazenda, Guillermo Ortiz, disse que o governo já esperava resultados mais positivos para o segundo semestre. ``Contudo, a resolução definitiva da crise ainda depende de enormes esforços", comentou Ortiz. Reservas Apesar do otimismo na Bolsa, a crise mexicana persiste. Durante a última semana, as reservas internacionais do país cairam US$ 273 milhões, devido ao vencimento da dívida pública de curto prazo. Texto Anterior: Enfim, a política de rendas Próximo Texto: Cavallo admite aumento do desemprego Índice |
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