São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995
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Agora ou nunca; Filtro; Na bica; Leão simples; Passo a passo; Faroeste; Vizinhos; Campanha no ar; Bolsa de apostas; Padrinho forte; Isolamento do poder; Hipótese; Exercício matemático; Mesa tucana; Troca de endereço; Como um elefante; Desânimo

Agora ou nunca
ACM se diz favorável a mudar a Constituição para permitir a reeleição de FHC. Mas desde que a votação ocorra logo, de preferência ainda neste ano: ``Deixar isto para depois só complica as coisas". Há quem ache cedo demais.

Filtro
Covas não esconde dos tucanos -nem de FHC- sua opinião de que o PSDB está perdendo a chance de se preparar para a eleição de 96. Acha que o partido deve crescer, mas não na base do entra quem quer -como propõe Serjão.

Na bica
Logo após o fim do recesso, duas partes da reforma tributária deverão começar a tramitar no Congresso: o projeto de iniciativa da Câmara que nacionaliza o ICMS e o ISS e o projeto da Receita que muda o IR das empresas.

Leão simples
Secretário da Receita, Everardo Maciel promete para o final do mês a conclusão do projeto com ``grandes modificações" do IR de empresas. O objetivo, diz, é simplificar o imposto e corrigir distorções no universo de quem paga.

Passo a passo
Segundo Everardo Maciel, da Receita, a emenda constitucional com a proposta de mudança e posterior extinção do IPI só deverá começar a tramitar depois que as reformas por meio de lei ordinária já estiverem bem encaminhadas.

Faroeste
Em agosto será julgado pelo STF o único caso de litígio territorial entre Estados que ainda corre na Justiça. São dois municípios do Acre que Rondônia, com base em laudo do IBGE, alega serem seus: Extrema e Nova Califórnia.

Vizinhos
Está crescendo uma favela perto da nova e luxuosa sede do STJ, em Brasília. Os moradores, que vivem de catar lixo do tribunal, batizaram o local de vila Romildo -singela homenagem ao presidente do STJ, Romildo de Souza.

Campanha no ar
O governo federal recebe na próxima quarta as propostas das agências de publicidade para a concorrência dos Correios. É a primeira grande conta da administração FHC: envolve três contratos num total de R$ 14 milhões.

Bolsa de apostas
Volta a circular no malufismo o nome do secretário municipal das Finanças, Celso Pitta, como candidato à Prefeitura de São Paulo, em 96. Mas o que Maluf quer mesmo é concorrer à reeleição.

Padrinho forte
No debate sobre a reforma política, os defensores do voto distrital misto vão assinalar que há um projeto sobre o tema aprovado no Senado, de autoria de FHC. O presidente vai voltar a defendê-lo.

Isolamento do poder
Magoados com o que chamaram de ``ingratidão" de FHC -pelo puxão de orelhas no PSDB-, deputados tucanos dizem que está se formando uma redoma em torno do presidente. E que nada que não seja acerto ou vitória chega a seus ouvidos.

Hipótese
Desabafo de um tucano ao final da semana em que Fernando Henrique bateu no PSDB e na esquerda: ``Isso foi depois que ele ganhou tudo no Congresso. Imagine se ele tivesse perdido".

Exercício matemático
Conta do secretário paulista Emerson Kapaz de quanto custará ao Rio, ao final de cinco anos, a renúncia fiscal de 75% do ICMS pela fábrica da Volks: ``Se ela faturar R$ 1,5 bi por ano, serão R$ 675 milhões de renúncia para um investimento de R$ 250 milhões".

Mesa tucana
A bancada paulista do PSDB sente a necessidade de atuar em maior sintonia com Covas na defesa de interesses econômicos do Estado. Amanhã, os parlamentares tucanos almoçam com o governador para discutir o Banespa.

Troca de endereço
O endereço eletrônico de FHC na Internet mudou. Suas respostas às mensagens que tem recebido via computador têm vindo do e-mail ``pr planalto.gov.br".

Como um elefante
O programa de demissão voluntária do Banco do Brasil começou com muita sutileza. Ao digitarem seus códigos nos terminais de computador, os funcionários se deparam com uma tela que traz o cálculo de seus acertos de contas.

Desânimo
O senador Pedro Simon quer distância das negociações para a sucessão nacional no PMDB. Desencantado, ele desabafa: ``Já fiz o que pude, agora lavo as mãos".

TIROTEIO
De Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), sobre os ataques de FHC à esquerda, o puxão de orelhas no PSDB e o elogio ao PFL:
- Enfim se fez justiça a nós, o PFL. Ele tem razão no que disse porque, quando faz afirmações incisivas, só ganha mais apoios entre nós. A esquerda não vai lhe dar nada, só vai tirar.

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