São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995
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Sangramento digestivo pode ter relação com câncer

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Todo sangramento digestivo por via baixa (retal) deve ser ``investigado" o mais rápido possível por um especialista. ``Nem tudo o que sangra é hemorróida", adverte o proctologista Boris Barone.
Segundo ele, o sangramento é um dos primeiros sinais de diversos tipos de câncer do intestino grosso (cólon).
Barone afirma que os tumores de intestino grosso diagnosticados precocemente têm cerca de 95% de chance de cura.
Boa parte desses casos de câncer começam como pequenos pólipos -tumores benignos que nascem na mucosa intestinal.
O câncer de cólon é o segundo mais frequente do aparelho digestivo. O de estômago ocupa a primeira posição.
Exames como a colonoscopia (introdução de um endoscópio flexível pelo ânus) garantem uma altíssima eficácia na localização de áreas suspeitas de câncer.
Essas áreas podem ser submetidas a biópsia (retirada de pequenos fragmentos que vão ser analisados ao microscópio) durante o exame.
Os especialistas constataram que existe um componente hereditário nos casos de câncer de cólon.
A implicação dessa descoberta é que filhos de pessoas que tiveram câncer nessa parte do corpo devem passar por exames periódicos a partir dos 40, mesmo que não apresentem nenhum sintoma.
Apesar da incidência ser maior em pessoas com mais de 45 anos, o câncer de cólon também pode aparecer em jovens.
Qualquer pessoa com sangramento digestivo sem explicação, aparecimento de muco nas fezes ou alteração súbita do hábito intestinal (diarréia ou prisão de ventre) que dure mais de dois meses deve procurar um médico.
Alguns especialistas acreditam que a incidência de câncer de cólon também está relacionada à dieta alimentar.
(JB)

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