São Paulo, domingo, 9 de julho de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

a musa reinventa o museu

Amanhã, a artista plástica paulistana Patrícia Borges de Azevedo, 29, embarca para Portugal com uma estranha "família".
São 15 "releituras" de figuras históricas do Brasil. Tem Carlota Joaquina, Felipe Camarão e companhia. "Não é caricatura", adverte.
Seus "parentes" estão nas poses clássicas dos retratos oficiais, mas aprisionados dentro de um círculo heterodoxo. As telas receberam tinta acrílica, moedas de vários períodos e gaze.
D. Pedro 1.o, por exemplo, ganhou um olhar ressabiadíssimo e cabelos verdes; a princesa Isabel perdeu o pouco que tinha de graça feminina na imagem dos livros de escola.
Pintados em seis meses, os quadros de Patrícia agradaram o prefeito Paulo Maluf, que já ficou com um ("fico triste quando vendo", diz ela).
Agora, a artista viaja para expor sua gente no Museu das Águas, em Lisboa, que também arrematou a tela de D. João 5.o.
Patrícia desenha e pinta desde pequena. Gosta do figurativismo, de Sergio Ferro e de Wesley Duke Lee. Formada em arquitetura, só pensa em tintas.
Na volta da Europa, coordena uma mostra de novos artistas no Palácio das Indústrias. E promete outra série, desta vez de figuras em preto e branco com fundo colorido.

Texto Anterior: quando a massa faz a diferença
Próximo Texto: cobertor de orelha
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.