São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Relator contesta contrato
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), relator do projeto que autorizou o governo a contrair o empréstimo de US$ 1,4 bilhão para pagar o Sivam, disse à Folha que o contrato com a Raytheon não tem validade.``Autorizamos pagar à Raytheon o valor de US$ 1,115 bilhão e o contrato prevê US$ 170 milhões a mais. Espero que as resoluções que autorizam o empréstimo sejam anuladas", afirmou ele. O Senado estabeleceu em dezembro do ano passado que o governo assinaria diretamente com uma empresa brasileira o contrato de US$ 170 milhões, que seriam usados em serviços considerados de segurança nacional. No contrato, o governo previa que o Senado iria apenas ``reformular" as autorizações. ``O governo tentou passar o Senado para trás", afirmou Miranda, que deu parecer favorável à autorização de financiamento. O acordo comercial entre o governo e a Raytheon ficará anulado caso o governo não consiga o aval do Senado até o dia 27 de novembro deste ano. Miranda disse, no entanto, que uma nova autorização deverá levar pelo menos seis meses. O senador afirmou que convocará, entre outros, o ex-presidente Itamar Franco para dar explicações sobre o projeto. A escolha da Raytheon foi feita durante o governo Itamar. Miranda disse ainda que irá convocar também o ministro da Aeronáutica, Mauro Gandra, e o secretário de Assuntos Estratégicos, Ronaldo Sardenberg. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que o contrato entre o governo e empresa norte-americana estabelece que ``a Raytheon passará a ter o controle do projeto". Suplicy pediu, no mês de maio, a anulação das autorizações de financiamento. Segundo o senador Gilberto Miranda, o pedido de Suplicy deverá ser votado em agosto. Texto Anterior: Verba irá para empresa nacional Próximo Texto: Comida é o salário de trabalhador no Maranhão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |