São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
'Irregularidades existem em todas as destilarias'
CRIS GUTKOSKI
``Só se preocupam em falar da Caiman porque eu sou um dos acionistas", disse. Lobão foi governador do Estado de 91 a 94. O senador faz a ressalva de que é acionista minoritário da destilaria, com 16% das ações, e não participa da administração da empresa. ``Não mando e não sei de nada que acontece lá", afirmou. ``Recebo um relatório uma vez por ano e é só." Para o acionista majoritário e presidente da Caiman, o empresário paulista Antônio Celso Izar, 51, a remuneração de muitos trabalhadores é pequena ``porque a produtividade é muito baixa". Izar chama de ``aventureiros" muitos dos pais de família que foram trazidos em ônibus da Caiman de outros Estados, a maioria lugares distantes. ``As pessoas que realmente querem trabalhar são em pequeno número." Segundo o empresário, o atraso na devolução das carteiras de trabalho -que acaba prendendo os trabalhadores na destilaria- deve-se ao acúmulo de serviço no departamento pessoal da empresa. ``Somente nesta safra tivemos 769 novos trabalhadores fichados", afirmou. Izar afirma que o projeto Caiman ``é a única esperança de milhares de pessoas" em Porto Franco. Para 1996, a meta é produzir, além do álcool, 20 mil toneladas de açúcar. Apesar de a destilaria Caiman S/A ser uma dos cem maiores devedoras do Banco do Brasil (BB), Izar e Lobão culpam o banco por todas as dificuldades financeiras da empresa. Dizem que o BB dificultou a liberação de verbas, prejudicando o empreendimento. Os dois afirmam que a Caiman é credora do BB e não devedora e esperam receber uma indenização de R$ 140 milhões. (CGK) Texto Anterior: Comida é o salário de trabalhador no Maranhão Próximo Texto: Boates têm prostituição infantil Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |