São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995
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Para secretários, cargo é transitório

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário de Governo do Maranhão, João Alberto (PMDB), disse que o apartamento da Câmara à disposição dele em Brasília é ocupado por seus três filhos que estudam na cidade.
``Meu cargo é transitório. Pretendo voltar como deputado antes da convenção do PMDB, em setembro. E como vai ser se eu entregar o meu apartamento?", questionou Alberto.
O secretário de Segurança Pública de Tocantins, Darci Coelho (PFL), usou os mesmos argumentos.
``Aqui (Tocantins) não é mandato. Se eu voltar amanhã para Brasília, onde vou morar?" Coelho diz que paga uma empregada doméstica para cuidar do apartamento.
O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Neuto de Conto (PMDB), disse que a Quarta Secretaria da Câmara deixou o apartamento à sua disposição.
``A Mesa sabe que, a qualquer momento que precisar, poderá pedi-lo de volta. Ninguém está ocupando o apartamento". Como Alberto e Darci Coelho, Conto também considera transitório o cargo de secretário.
O secretário de Indústria, Comércio e Turismo da Bahia, Jorge Khoury (PFL), disse que passou seu apartamento para o deputado José Tude (PTB-BA), que ficou também com seu gabinete.
``Sei que o deputado José Tude optou por receber auxílio-moradia. Se a Câmara não se apossou do apartamento pode ter sido por problema de comunicação", afirmou Khoury.
O secretário de Agricultura, Abastecimento e Irrigação do Maranhão, Francisco Coelho (PFL), afirmou que o apartamento só está em seu nome, mas é ocupado pelo deputado Roberto Rocha (PMDB-MA).
A assessoria de Rocha confirmou que o deputado ocupa o apartamento de Coelho. Segundo a assessoria, Rocha aguarda a reforma do apartamento que a Câmara lhe destinou.
O ministro Reinhold Stephanes (Previdência) informou, por meio de sua assessoria, que continuou no apartamento da Câmara para evitar mudanças, porque, como deputado e como ministro, tem o direito de ocupar apartamento funcional.
A assessoria do ministro Odacir Klein (Transportes) informou que inicialmente, Klein ficou no apartamento porque não havia imóvel funcional do Executivo disponível.
(DM)

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