São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995
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Destaque da NBA 'leva a mãe na mala'

Novo talento jovem do basquete quer ficar ao lado da mãe

FÁBIO SORMANI
COLUNISTA DA FOLHA

Joe Smith é o jogador de basquete mais feliz do mundo. Na semana passada, mais precisamente no dia 28 de junho, ele foi escolhido em primeiro lugar no ``draft" da NBA (liga profissional de basquete dos EUA).
O ``draft" é uma espécie de exibição, em que os times profissionais de basquete dos EUA escolhem jogadores universitários para atuarem em suas equipes.
O que significa isso? Ora, simplesmente ser reconhecido como o maior talento entre os teens do basquete norte-americano na atualidade.
Aprovado com louvor no vestibular da NBA, Joe deixa a Universidade de Maryland, onde cursava o segundo ano básico, e desembarca, em setembro, na baía de San Francisco. Lá, será o mais novo pivô e ala/pivô do time do Golden State Warriors.
Nascido há 19 anos na cidade portuária de Norfolk, Virgínia (costa leste dos EUA), Joe levará para Oakland (terra dos Warriors) não só seus objetos pessoais, mas também uma companhia especial, a mãe, Letha.
Por quê? Letha explica: ``Ele ainda é muito garoto, preciso selecionar suas amizades". Mas e aí, Joe, a barra não pode pesar e você acabar sendo alvo de caçoadas dos futuros companheiros? ``Não tem problema, eu ainda preciso de minha mãe ao meu lado", responde, sem medo das futuras gozações.
Isso é que é filho...
Joe assinará seu primeiro contrato com o Golden State, assim que terminar a greve dos patrões da NBA. E, de acordo com as futuras leis, o acordo não poderá exceder a três anos. Receberá em troca US$ 8,4 milhões.
``Algumas pessoas me perguntam se não é pouco comparado aos US$ 68 milhões que Glenn Robinson vai ganhar do Milwaukee, em dez anos de contrato. Pode ser, mas US$ 8,4 milhões é muito dinheiro. Estou feliz", diz o garoto.
Joe Smith chega à NBA carregando na mochila alguns prêmios, entre eles o de melhor jogador universitário dos EUA na temporada passada e titular do quinteto dos destaques da NCAA (a liga que comanda o esporte amador norte-americano).
Seus números? Média de pontos de 20,8 por jogo; 10,6 rebotes; 74,1% de acerto nos lances livres e 57,8% nos arremessos de quadra.
Com base neles, Joe diz não temer Michael Jordan, Shaquille O'Neal ou Hakeem Olajuwon. Revela só um grande temor: os terremotos, tão frequentes na Califórnia. Dizem que, por isso, está levando a mãe com ele...
Ah, sim, esta é a primeira gozação para cima de Joe. Ele dá de ombros.

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