São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 1995
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Herdeiros do MAR

ALCEU TOLEDO JÚNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Berço do surfe brasileiro no início dos anos 60, o Rio de Janeiro sempre revelou talentos que marcaram época no esporte.
Dois nomes da nova geração têm tudo para manter a tradição: Plínio Ribas, 20, atual líder do circuito carioca profissional, e João Gutemberg, 16, vencedor da penúltima etapa desse circuito, realizada em Saquarema (RJ), com ondas de até três metros de altura.
Com estilos bem diferentes -João costuma surfar melhor ondas grandes e Plínio destaca-se nas pequenas- os dois deixaram de ser considerados promessas e já ameaçam os mais experientes.
Plínio deixou o amadorismo ao vencer, ano passado, o Alternativa WQS, etapa brasileira da segunda divisão do Circuito Mundial Profissional.
Apesar de participar de eventos profissionais, João prefere permanecer como amador. É que ele quer fazer parte da equipe brasileira que disputará o mundial amador em 96.
``Preciso me aprimorar bastante para fazer parte do time que irá ao mundial", diz João.
Ele é tricampeão amador carioca (89, 90 e 93) e campeão do circuito amador da Barra da Tijuca de 89 a 95.
Já em seu segundo ano como profissional, Plínio planeja aproveitar o segundo semestre para subir do WQS (World Qualifying Series, segunda divisão do surfe mundial) para o seleto clube dos Top 44 que disputa o WCT (World Championship Tour, primeira divisão composta pelos 44 melhores do mundo).
No ano passado, nove brasileiros subiram para a primeira divisão e Plínio perdeu a vaga por apenas três colocações. ``Participei de etapas na África do Sul, Califórnia, Havaí e Europa, onde espero conseguir bons resultados para subir para o WCT", diz.
Sobre a má participação em campeonatos que ocorrem com ondas grandes, Plínio assume que ainda não está preparado para mares acima dos dois metros.
``Onde comecei, na praia do Forte, em Cabo Frio, raramente quebra acima de meio metro, por isso sinto dificuldades.", diz.

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