São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995 |
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Governo loteia segundo escalão das `teles'
LUCIO VAZ
Para compensar a perda de espaço para o PSDB na Telesp (São Paulo), o PMDB poderá conquistar cargos na diretoria da empresa, hoje presidida pelo PTB. O presidente da Telesp, Waldemar Neves, foi indicado pelo então líder do governo Itamar na Câmara, Luiz Carlos Santos. O cargo poderá ser entregue ao atual diretor econômico-financeiro da empresa, Carlos Eduardo Sampaio Dória, afilhado político do governador Mário Covas. O PMDB deverá manter a Diretoria de Operações e tirar do PTB a Diretoria Administrativa, ocupada por Marcos Amaral. O diretor de Operações, Lutero Cardoso, deverá ser substituído por outro nome indicado pelo PMDB. O partido pretende tirar do PTB a presidência da CTBC (Companhia Telefônica Borda do Campo), empresa do sistema Telebrás na região do ABCD paulista. PFL e PPR pediram diretorias da CTBC. Na Telesp, o bloco PL-PSD-PSC disputa com o PFL a indicação do diretor-técnico. O atual titular, Sílvio Carvalho Vince, foi indicado pelo PL no governo Itamar Franco. A Diretoria de Recursos Humanos, atualmente ocupada por Archimedes Baccaro, é um cargo reservado ao PPR na Telesp. A principal disputa na Telerj (Rio de Janeiro) é pela presidência. No início do ano, o PSDB indicou para o cargo Danilo Lobo, presidente da Casa da Moeda. Em abril, 25 deputados integrantes da bancada governista (PMDB, PFL, PSDB, PP, PTB, PL e PPR) fecharam um acordo e indicaram Eduardo Cunha, ex-presidente da Telerj no governo Fernando Collor (1990-1992). Os governistas cariocas também apóiam a manutenção do diretor de Recursos Humanos, Mário Silva, indicado pelo deputado Simão Sessim (PPR), e do diretor Técnico, Pedro Schneider, indicado pelo deputado Arolde de Oliveira (PFL). Com o apoio da bancada, Eduardo Guimarães foi indicado pelo deputado Laprovita Vieira (PP) para diretor de Operações. Na Telems (Mato Grosso do Sul), além de indicar o presidente, Volnei Arruda, o líder do PTB na Câmara, Nelson Trad, sugeriu nomes para três diretorias. Deputados do Rio e de São Paulo esperam que até o final de semana sejam publicados os editais de convocação das assembléias das ``teles" nesses Estados. As assembléias das empresas deverão se reunir no prazo de sete dias para preencher os cargos de presidente e diretores. Presidências O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse à Folha que as presidências das estatais do setor devem ser preenchidas até o final deste mês. As indicações foram feitas a partir de março, mas ainda não houve nomeações. O ministro afirmou que pretendia preencher os cargos por critérios exclusivamente técnicos. Na votação da emenda constitucional que derrubou o monopólio estatal da Petrobrás na exploração do petróleo, o governo negociou com os partidos a entrega das presidências das ``teles". Texto Anterior: Boni perde comando do Jornalismo Próximo Texto: Telefones dão votos Índice |
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