São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Congresso quer alterar quatro pontos da MP
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo está sendo pressionado pelo Congresso a mudar pelo menos quatro pontos da MP (medida provisória) que extinguiu os mecanismos automáticos de correção salarial.``A MP, como está, não passará no Congresso Nacional", disse ontem o relator da MP, senador Coutinho Jorge (PMDB-PA). Ele pretende convencer o governo a modificar a medida já em sua reedição, no próximo dia 30. Os problemas são o mediador de negociações salariais, a restrição a concessão de ganhos por produtividade, a falta de proteção para os salários menores e a forma de reajuste dos contratos da construção civil. Jorge considera ``ponto de honra" o estabelecimento de alguma forma de proteção para os salários mais baixos. Hoje, o governo garante defesa só para o mínimo. O próprio líder do governo no Congresso, deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), já critica a figura do mediador e a restrição aos ganhos de produtividade. Estes dois pontos foram suspensos liminarmente pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Mediador O mediador é um negociador que seria indicado pelo Executivo para tentar um acordo entre patrões e empregados antes de qualquer pedido de dissídio. O porta-voz da Presidência, embaixador Sérgio Amaral, afirmou ontem que o governo poderá promover reajustes na MP. O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que as modificações terão de ``manter os objetivos" da MP. Ele também afirmou que não será ``intransigente" nas negociações com o Congresso. ``Não se pode fazer uma reforma deste porte simplesmente pela vontade de quem tem poder. Quem tem poder e impõe tem na verdade falso poder". Texto Anterior: Planalto diz que ignora pedidos Próximo Texto: Deputados tentar barrar demissões Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |