São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995 |
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Postos vão demitir 125 mil frentistas
SILVIA NORONHA
Siuffo anunciou ainda que os postos vão funcionar em regime de atendimento self-service (o próprio consumidor abastece o carro) nos dias 19 e 25 deste mês. Os proprietários de postos reivindicam ao governo redistribuição das margens de lucro no setor de combustíveis, que engloba a Petrobrás, as distribuidoras, as transportadoras e os revendedores. A Fecombustíveis se reunirá no dia 18 deste mês com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, em Brasília. Sem alta no preço ao consumidor, os empresários querem aumento da margem de lucro de R$ 0,058 por litro para R$ 0,07. Segundo a Fecombustíveis, neste ano a despesa com pessoal passou a consumir 73% do lucro bruto do revendedor, contra 38% verificados até 1994. Em São Paulo, a folha de pagamento passou a representar 91% do lucro bruto. Até o ano passado, era 56%. Desde março, 50 mil funcionários foram demitidos. Gil Siuffo disse que 80% dos 29 mil postos existentes no país estão falidos. ``Só não estão falidos os postos que sonegam imposto.". Siuffo estima que 20% dos postos de gasolina do país sonegam imposto estadual. Segundo ele, os Estados deixam que arrecadar R$ 1,5 bilhão por ano em ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A sonegação no setor é objeto de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembléia Legislativa do Rio. Mas quem não repassa o imposto tem respaldo jurídico por ter obtido uma liminar na Justiça. Siuffo denuncia que parte dos postos que obtiveram liminar compra combustíveis em maior quantidade para repassar a outros postos. Texto Anterior: Aumento de tarifas públicas pode gerar inflação de 1,2% Próximo Texto: Inflação chega a 3,12%, diz Fipe Índice |
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