São Paulo, quinta-feira, 13 de julho de 1995
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Imagens valem as horas no barco

DA ENVIADA ESPECIAL A PARINTINS (AM)

É preciso estar muito disposto para enfrentar, de barco, os 420 quilômetros que separam Manaus de Parintins.
Para a viagem de ida são prometidas 12 horas, que depois se transformam em cerca de 18. Já a volta, contra a correnteza, não dura menos que 28 horas.
Os tipos de embarcação possíveis mais comuns são os ``populares" e os iates. Os ``populares" são barcos para o folião convicto.
Eles têm três deques -dois são para redes- e banheiros coletivos. No deque superior há uma área de lazer. Para proteger da chuva, lonas fazem a vez de paredes.
Nos iates, as condições são outras: cabines individuais, ar-condicionado e banheiro privativo.
Seja qual embarcação for, a vista compensa a viagem. A ida para Parintins é um pouco monótona porque o barco vai pelo meio do rio e não se vê nada além de água.
Mas a volta já começa com belas imagens. Os barcos iluminados saindo da ilha, por volta da quatro da manhã, e o amanhecer na imensidão das águas do rio Amazonas é uma cena fantástica.
O resto da viagem é feito próxima à margem, onde sucedem-se casinhas de madeira e uma vegetação sempre verdinha, com alguns açaís. Diante das casas, ribeirinhos com traços indígenas e pele morena observam os barcos.
Muitas crianças, com os cabelos escorridos e molhados, pedem, de suas canoas, latas de refrigerante. Em troca elas arremessam cacau.
Ao chegar a Manaus de dia é possível observar o encontro das águas dos rios Solimões e Negro.
Quem optar pelo avião poupa tempo, mas não perde as belas cenas. Do alto, os braços do rio e a vegetação formam labirintos.

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