São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995 |
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Banco Central deixa dólar subir a R$ 0,926
RODNEY VERGILI
O BC nos últimos dias tem comprado dólar, uma vez que o saldo financeiro (entradas menos saídas de dólares) tem sido positivo. Ontem, as cotações começaram a subir no início dos negócios e o BC decidiu não atuar. O número do índice de preços ao consumidor divulgado nos EUA ontem mostra queda de 0,1% em junho, a primeira redução em oito meses. Isso indica que a economia americana está desaquecendo e que foi acertada a decisão do Federal Reserve de cortar os juros na semana passada. Cresce a expectativa de novas quedas nas taxas na reunião do Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) em agosto. O banco central da Suíça reduziu a taxa de desconto de 3% para 2,5% ao ano ontem. O movimento causou expectativa de que o Bundesbank faria o mesmo, o que acarretou alta no dólar e na Bolsa. Os títulos da dívida externa brasileira subiram no mercado internacional de 81,56 centavos de dólar no dia anterior para 81,88 ontem. Ontem, o Bundesbank (banco central da Alemanha) não alterou, porém, suas taxas de juros. A decisão trouxe decepção aos principais mercados mundiais. Os analistas acreditam que se não fossem os juros elevados o mercado acionário brasileiro estaria em alta. O presidente Fernando Henrique Cardoso negou ontem os aumentos nas tarifas públicas e o mercado acionário registrou queda. Os papéis do Banespa estão sendo bastante procurados. Há expectativa de eliminação da intervenção e uma solução para o banco estadual, provavelmente privatização. Os papéis registraram alta de até 9% no período da manhã, mas fecharam com queda de 1,29%. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,146%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 5,64% para dias úteis, projetando rendimento de 4,03% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,66% ao mês, com rendimento de 4,04% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,4633%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 33% e 56,20% ao ano. CDBs pós-fixados para 123 dias entre 16% e 17% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,54% ao mês, projetando rentabilidade de 4,66% no mês. Para 32 dias (capital de giro): entre 58% e 120% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: baixa de 0,47%, fechando com 40.075 pontos e volume financeiro de R$ 254,3 milhões. Rio: valorização de 0,1%, encerrando a 18.500 pontos e movimentando R$ 19,3 milhões. Bolsas no exterior O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com recorde de 4.747,48 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou com 2.574,40 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.505,67 pontos ontem. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,925 (compra) e R$ 0,926 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,923 (compra) e por R$ 0,925 (venda). ``Black": R$ 0,910 (compra) e R$ 0,920 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,920 (compra) e R$ 0,925 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,905 (compra) e R$ 0,930 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: alta de 0,96%, fechando a R$ 11,56 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 12 de julho foi positivo em US$ 1,148 bilhão. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 437,57 milhões. O saldo total está positivo em US$ 1,58 bilhão. No exterior Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,6000 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3928 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 87,89 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para julho fechou a 4,01% no mês e para agosto a 4,00% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 40.700 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para julho fechou a R$ 0,937 e a R$ 0,956 para agosto. Texto Anterior: BC prevê superávit nos próximos 12 meses Próximo Texto: Demissões podem começar, diz Ermírio Índice |
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