São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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Benetton cria `clima' para segurar Schumacher

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
ENVIADO ESPECIAL A SILVERSTONE

Um dos mais renomados jornais do mundo, o ``The Times", publicou ontem em sua primeira página que o inglês Damon Hill está negociando com a Benetton.
O piloto da Williams é o herói nacional de plantão nesta semana, na Inglaterra, onde acontece a oitava etapa do Mundial de F-1.
E a notícia caiu como uma bomba na sala de imprensa do circuito de Silverstone, que tem hoje seu primeiro treino oficial, a partir das 9h (horário de Brasília).
O único problema é que o fato tem outra versão. A Folha apurou que a Benetton sonda Hill apenas para frear as pretensões salariais de seu piloto, o alemão Michael Schumacher.
O atual campeão mundial e líder do Mundial de Pilotos (46 pontos) está pedindo nada menos do que US$ 20 milhões para correr a próxima temporada. O valor não interessa nem à Benetton nem às outras equipes.
O salário de Schumacher servirá de base para a negociação de todos os outros pilotos.
Tal ``inflação" não é bem vista pelos donos das equipes e por Bernie Ecclestone, presidente da Foca (associação dos construtores), considerado o ``dono da F-1".
Em recente declaração, Ecclestone afirmou que ``Schumacher não tem condições de pedir o mesmo salário que Ayrton Senna".
O brasileiro, que ganhou três mundiais disputando com pilotos como Alain Prost e Nigel Mansell, cobrou US$ 22 milhões para correr na Williams em 94.
Flavio Briatore, diretor da Benetton, teria feito contato com Hill para assustar Schumacher e mostrar ao alemão que ele não é insubstituível.
O recente bate-boca entre os dois pilotos acabou servindo para aumentar o efeito da manobra.
A equipe, em comunicado oficial, ontem, repudiou as notícias veiculadas na imprensa inglesa.
A Ferrari, que, também segundo o ``The Times", estaria conversando com o piloto da Williams, ignorou o fato.

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