São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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`Cavaleiros' impõem salada mitológica

Heróis infantis que viraram mania chegam ao cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DE CINEMA

Filme: Os Cavaleiros do Zodíaco
Produção: Japão, 75 min.
Direção: Shigeyasu Yamauchi
Criação: Masami Kurumada
Onde: Arouche A, West Plaza 4, Paulista 1 e circuito

Tremei, forças de Disney. "Os Cavaleiros do Zodíaco são, para começar, mais uma vitória japonesa contra Hollywood. O filme entra hoje em quase 200 cinemas no país (22 em São Paulo), disposto a confirmar que esses super-heróis são não só uma mania infantil, mas um fenômeno em geral.
Para os adultos, é inútil tentar entender a história. Em todo caso, ela diz respeito a Abel, filho de Zeus, esmagado pelo próprio pai, que agora retorna, disposto a liquidar os terráqueos.
Abel não hesita em matar Athena, sua irmã. Mas aí mexe com os cavaleiros, os meninos-heróis, protetores de Athena. Enfim, a salada mitológica já está feita, quando começa a aventura.
Os desenhos são funcionalmente toscos. Isto é, tiram partido de suas deficiências. Ao mesmo tempo, "Cavaleiros impõe com eficácia os primeiros super-heróis do pós-Guerra Fria: já não se trata de lutar contra a floresta misteriosa (Tarzã, o colonialista), ou de Superman dominar as forças deste mundo ou ameaças espaciais.
Nos "Cavaleiros, o saber vence a força (à la kung-fu). Mas, essencialmente, herói é aquele com convicção de vencer as muitas provações deste mundo.

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