São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995
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EUA prevêem ataques terroristas na AL

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

EUA prevêem ataques islâmicos na AL
Departamento de Estado diz que alvos norte-americanos na América do Sul podem sofrer atentados este mês
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou ontem que tem indícios de que terroristas do Oriente Médio planejam ataque na América do Sul.
Os alvos não seriam ligados à comunidade judaica, tradicionais rivais dos árabes, mas a prédios e a funcionários dos EUA na região.
Os ataques, segundo o relatório do Departamento de Estado (equivalente norte-americano ao Ministério das Relações Exteriores), aconteceriam ao longo deste mês.
Os EUA não esclareceram qual grupo estaria por trás dos supostos atentados. Não é comum o Departamento de Estado emitir comunicados públicos deste gênero.
Ao mesmo tempo, autoridades dos EUA e das Filipinas (Ásia) anunciaram ter desmantelado um plano de extremistas islâmicos para derrubar aviões norte-americanos no Extremo Oriente.
Os EUA advertiram também que podem sofrer atentados por causa de seu apoio ao processo de paz entre Israel e os palestinos.

Brasileira
A brasileira Valdirene Vieira Ferguglia e mais seis cidadãos libaneses presos no Paraguai sob acusação de cometerem atentados contra entidades judaicas pediram para ser extraditados para a Argentina, local dos crimes.
A Justiça do Paraguai determinou a extradição do grupo, mas ainda há recursos correndo. Ontem, em entrevista coletiva em Assunção, todos eles disseram que querem ir a Buenos Aires para "demonstrar inocência.
Os sete são acusados de participarem, direta ou indiretamente, de dois crimes: um ataque contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992, e um atentado contra a Associação Mutual Israelita-Argentina (Amia), em 1994.
Valdirene e os seis libaneses são acusados de pertencerem à organização radical islâmica Hizbollah (Partido de Deus), ligado ao governo iraniano e que não reconhece a paz com Israel.
Pela lei argentina, eles podem ser condenados a até 25 anos de prisão. Eles estão presos sob acusação de entrar ilegalmente no Paraguai e tráfico de armas e drogas.
No primeiro atentado, em março de 92, a explosão destruiu o prédio da embaixada e matou 30 pessoas e feriu 300.
O segundo atentado foi em julho de 94, na sede da Amia, causando a morte de 96 pessoas.

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