São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 1995 |
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Pinochet vê `revanchismo'
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O general Augusto Pinochet, chefe do Exército chileno, voltou a enfrentar o governo de seu país e os grupos que querem punições para militares. "Existe um ódio revanchista no país", afirmou o general.Pinochet, presidente do país entre 1973 e 1990, chegou ao governo através de um golpe militar que derrubou o presidente socialista Salvador Allende. Seu governo foi marcado por denúncias de violações contra os direitos humanos. Nesses anos, dois militares que participaram de seu governo foram condenados a penas de seis ou sete anos de prisão por crimes políticos. Na ocasião, Pinochet defendeu seus ex-subordinados. Outros militares estão sendo acusados por crimes daquele período. As declarações de Pinochet foram feitas durante uma reunião com antigos colaboradores de seu regime. O discurso foi na verdade um recado ao presidente do país, Eduardo Frei, que se negou a assinar uma lei de anistia dos crimes do regime de Pinochet. A disputa entre o governo civil e as lideranças militares chilenas começou quando o general reformado Manuel Contreras, um dos militares condenados, se recusou a cumprir pena. Condenado em 30 de maio a sete anos de prisão por mandar matar o líder socialista Orlando Letelier, em 1976, Contreras foi levado por militares para o hospital naval de Talcahuano. Texto Anterior: Tiragem de jornais diminui na Argentina Próximo Texto: Astiz se infiltrou entre mães Índice |
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